31 de março de 2010

YouTube

Tinha que postar alguma coisa no meu blog sobre ShaneDawson, é um rapaz que semanalmente faz videos para o Youtube, este é apenas um deles que achei muita piada, têm que ver.

Pesquisem no Youtube ShaneDawsonTv se quiserem ver mais videos dele x).

30 de março de 2010

7ª Arte

Paranormal Activity


Hoje a Maria veio a minha casa e alugámos este filme, já há que tempos que o queria ver.
Este filme, atrevo-me a dizer, é o melhor filme de terror de 2009, é simplesmente magnífico!
É assustador, pois as imagens manipulam o nosso cérebro e achamos até ao fim que o filme é verídico (até que chegamos à útil internet e percebemos que afinal o filme não era “real”). Há uma carga emocional enorme por parte dos actores(muito bons) que o tornam estupefactamente verdadeiro. Passei o filme todo com o coração nas mãos e ainda bem que tinha companhia!
Foi realmente surpreendente! Acho que a capa do filme deveria ter em letras gordas um aviso: “Não é real”.
Katie e Micah são um casal de namorados que foram viver para uma casa. Katie conta a Micah que sempre teve estranhas sensações e que algo a perseguia, até que Micah decidiu comprar uma câmara de filmar para registar tudo o que se passava de tão estranho em casa quando eles dormiam. A partir daí tudo ficou pior e a situação descontrolasse…
Vejam o filme!




Verão



Já cheira a verão!
Já consigo sentir o sol a queimar na minha pele, o vento morno a passar pelos meus cabelos, o ar menos carregado de humidade, a euforia de vida que só se sente em pleno verão, as tardes sonolentas, o prazer de me refrescar, o cheiro do mar, o toque divino da areia. Ah! Como cheira a verão…
Quero tanto sair deste pesaroso inverno, quero saltar a primavera e passar já para o verão. Estou mesmo a precisar!

26 de março de 2010

Jogo de Xadrez.



Ali estava eu, no meio de quinze familiares frágeis criaturas.
Todas elas me protegiam. Me protegiam de ti…
Tu que estavas no lado oposto do longo tabuleiro de pedra esculpido. Lutavas sozinha, apenas tu, contra toda a minha extensa mas impotente armada.
Tu não tinhas medo delas, mesmo sendo todas elas feias e assustadoras. Todas elas eram horrendas e aparentemente fortes, todas munidas de longas armas mortíferas que de nada lhes serviam.
Tu, impiedosamente, avançavas e eu recuava já desesperado.
Dás longas e cortantes passadas sobre o amedrontado chão em xadrez preto e branco. Dançavas em movimentos sincronizados e de divina perfeição, mas ias matando, destroçando, despedaçando ao mesmo tempo. Ias destruindo as minhas defesas que caiam em decisivos estrondos agoniantes.
Tudo se destruía e tu cruelmente continuavas…
Continuavas em direcção ao aterrorizado rei, que infelizmente, era eu.
Paras à minha frente e olhas para trás para veres uma vez mais todas as minhas inúteis defesas destruídas.
Fazes checkmate, olhas para mim, e eu, como tudo o resto, tombo diante de ti.
Tu e apenas tu, com um simples olhar, dilaceras-me qualquer defesa…

22 de março de 2010

Ruínas de uma Perfeição.


Lá estava ele, o alto muro que seu fim não era visível e que sua queda era impossível. Mas Ela chega, deixa-o mais fraco, vulnerável e com um insignificante forte abanão, deita-o abaixo!
Pedra sobre pedra, ele cai como se de um baralho de cartas se tratasse e Ela assiste, parecendo satisfeita.
Agora só restava umas desorganizadas ruínas de uma antiga perfeição.
O imponente muro, ao qual sua queda era imprevisível, cedeu. Cedeu deixando o rumo já delineado em cruel desnorteio.
Tudo o que era, o que acreditava, que gostava, que me identificava, tinha caído, deixando um rasto de destruição, reduzindo a perfeição em irónicos cacos.
O meu destino baralhou-se! A linha recta que traçava a minha vida transformou-se num emaranhado de diferentes caminhos e decisões. Nunca o meu cérebro passara por tal prova!
Tinha que decidir, rapidamente, o que ia fazer de um corpo com a cabeça reduzida a destroços de que por sinal eu era seu dono.
O desnorteio e o medo apoderaram-se de mim e eu só queria, só queria o imponente muro outra vez!
E agora sem ele, quem sou?
Sou umas ruínas feitas de cacos, que aos poucos se tenta reconstruir. Mas basta Ela abanar um pouco e tudo volta a cair. Eu caio com o muro, que em vez de ser imponente, é frágil e demente!

20 de março de 2010

Perdido Algures.



Acordei. Estava alguma coisa a caminhar pela minha cara, deixando um rasto de comichão na pele. Abanei a cabeça para que a negra aranha saísse dela.
Levantei-me e fui apanhado de sobressalto por uma repentina rajada de vento que me atirou com longos ramos de erva para cima.
Parei. Olhei em volta para tentar identificar o sítio onde estava. Encontrava-me num prado seco, rodeado por uma enorme muralha de árvores e arbustos que me tapavam todo o campo de visão para lá do prado.
Não sabia onde esta, como tinha ido lá parar nem como de lá sairia.
Comecei a correr por entre as ervas, corria não por vontade, mas por medo. Aquela inquieta bizarra paisagem assustava-me!
Corri campo fora, mas a grande muralha verde que fazia a fronteira do prado em vez de se aproximar, afastava-se.
Parei. Olhei em volta uma vez mais e gritei por socorro. Apenas o vento me respondeu com uma efémera rajada.
Gritei uma vez mais. Nada aconteceu, deixei-me cair de joelhos nas ervas secas e fechei os olhos. Ouvia agora só o cruel vento, o vento que não me queria dizer a saída daquele bizarro labirinto seco.
Estava perdido! Perdido algures…


É horrível quando não temos rumo algum e andamos à deriva no negro oceano que é a vida.

18 de março de 2010

7ª Arte

Up


Tenho mesmo de falar deste filme.
Segunda-feira em vez de estudar para matemática aluguei este tão falado filme. E ainda bem que o fiz!
Adorei despender 96 minutos da minha vida para ver este filme. Sem dúvida o grande filme de animação de 2009. Desde Wall-e que já não via algo da Disney tão bom.
O argumento é forte e original, tendo momentos hilariantes como momentos tristes também.
Recomendo o visionamento deste filme a toda a gente. Não sejam parvos se pensam que filmes de animação são só para crianças, Up prova que um filme de animação pode ter tanta ou mais qualidade que os outros.
Esta é a história de um velhote que desde pequeno teve o sonho de ir viver com a sua esposa para as Cataratas do Paraíso (América do Sul), põe o seu plano em prática quando ata milhares de balões à sua casa.
Assim parte para uma aventura com um divertido escuteiro que estava na sua varanda á procura de gambozinos no momento em que a casa levantou voo.
Chega ao tão desejado destino e depara-se com o seu herói de infância que depressa se torna o seu inimigo nesta aventura.



15 de março de 2010

Destroços de Guerra.


-Promete-me, promete-me que voltas…
-Eu prometo.
Cai-lhe uma pesarosa lágrima pelo olho, suspira e enfrenta-o novamente.
-Ficarei à tua espera – diz ela com a voz marcada de angústia e desespero.
Ele beija-a uma última vez e vira-lhe costas, pega no pesado malão verde e sobe as escadas belurentas. Os passos eram dolorosos e lentos, a cada passo o medo crescia-lhe. Deixou as lágrimas inundarem-lhe a repentina pequena face para aquele oceano que de seus olhos transbordava.
Não sabia. Não sabia para onde ia, se regressava, o que esperava, o que veria, mas sabia que o tinha de fazer!
Ele olha uma vez mais para ela, tentando focar toda a perfeição do seu rosto, todos as suas rugas de expressão, todos os seus ínfimos cabelos, tentou decorá-la, para nunca se esquecer de tal rosto. Pede-lhe desculpa com o olhar, e ela retribui-lhe com um ligeiro acena de cabeça negativo e com um doloroso olhar de mágoa.
O contacto visual entre os dois foi interrompido pelo súbito toque de partida do maldito navio.
O medo trespassa-lhe a alma e ele olha uma vez mais para ela e grita:
-Eu prometo que volto!
Mas ele não voltou…
Barco após barco, atracavam na cidade depois da trágica guerra, entregando os escassos sobreviventes a famílias e os pêsames a outras.
Ele agora jaz algures, algures longe dela. Enquanto ela espera…

13 de março de 2010

7ª Arte

Shutter Island.
Fui ver este filme hoje às salas de cinema. Tinha altas expectativas sobre este filme derivado das críticas positivas que lhe foram atribuídas.
As expectativas foram todas elas concretizadas, sem dúvida um dos melhores Thrillers dos últimos anos!
Um filmo cheio, no que toca a emoções e suspense, acho que foi um dos melhores filmes de Leonardo Di Caprio que se mostrou a altura do desafiador papel de Teddy Daniels. Conta também com a participação de Mark Ruffalo que também não esteve nada mal. O argumento é tão original como imprevisível, andando de mãos dadas todo o filme, até ao grande final. Acho que desde Atonement (Expiação, 2007) que não vejo um final tão imprevisível como este. É um filme que, com grande mérito, capta sempre a atenção do espectador
Tudo começa com o inspector Teddy Daniels que foi destacado para averiguar um desaparecimento de uma paciente do manicómio da ilha de Shutter Island.
Teddy começa a desconfiar de todo o mecanismo do manicómio, ai vê-se numa teia de mentiras e alucinações para as quais tenta encontrar resposta.
Por favor, vejam este filme.



10 de março de 2010

Nas Ruas de Lisboa.



Abre o guarda-chuva delicadamente no meio da multidão para não ferir ninguém. Recomeça o passo acelerado a que o stress o habituou, dá pisadas graves no calçado molhado, encharcando os ténis em possas que não contornava.
Começa a contar os passos, como forma de abstracção do longo caminho que ainda tinha que percorrer. Não resultou, achou a sua voz ainda mais irritante que a pesarosa caminhada.
Sempre de olhos postos no chão, ia assim passando por ruas de Lisboa.
Choca com uma pessoa, pisa outra, tropeça, escorrega, até que esbarra com uma rapariga e atira-a ao chão.
Levanta-a, pede-lhe desculpa e admira a sua beleza: Cabelos de um castanho avelã, olhos verdes, pele branca como a neve. Mais uma vez pede-lhe desculpas e avança. Olha para trás e ela sorri-lhe e começa a andar na direcção oposta.
Olha para o relógio, vê que está atrasado, acelera o passo. Uma repentina rajada de vento arranca-lhe o chapéu das mãos, volta a trás, agora á chuva, agacha-se para o apanhar quando vê uma mão que lhe imitava o gesto.
Ele recua pela repentina aparição da rapariga, a mesma com que esbarrara, sorriu e o sorriso foi retribuído, agacharam-se os dois ao mesmo tempo batendo com as cabeças, riram-se. Olharam para o chapéu e depois para os olhos um do outro, começaram uma busca pela profundeza do olhar e sorriam uma vez mais.
Ele finalmente agacha-se e apanha o chapéu, segurando-o agora com mais força.
Olha para a rapariga e alisa o seu cabelo desgrenhado pelo vento, esboça novamente um sorriso como despedida.
Vira costas, atravessa a passadeira, olha para trás, ela já não estava lá. Continua a caminhar para o seu destino, insultando-se a si próprio por saber que não fez nada para voltar a ver a rapariga.
Abstrai-se do mundo, pensa na rapariga, choca contra pessoas, leva encontrões, desgrenha os cabelos das pessoas com o chapéu-de-chuva, até que tropeça numa pedra saída do calçado e cai no meio do chão molhado. Levanta-se de imediato, ajeita-se, olha para o relógio, dá um ligeiro grito de espanto e recomeça a passada grave e acelerada.
Entra pelo portão enferrujado da escola, pede desculpa pelo atraso, senta-se na mesa, abre o caderno e começa a desenhá-la.

9 de março de 2010

Roleta Russa.




Escrevi isto há um mês, mais ou menos, agora apteceu-me partilhar x)








Duas pessoas colocadas frente a frente como um puro duelo, olhando-se intensamente, tentando que o seu oponente ceda, apenas com uma mesa de madeira a separa-los. Mas afinal em que consiste este duelo?
Este duelo é na verdade um massacrante jogo de sorte, ou de azar…
Uma única bala é colocada dentro de uma das seis cápsulas de um revolver, depois, cada jogador vai apontando a arma contra a sua própria cabeça e prime o gatilho…
Sentido o metal fresco na cabeça, a história de uma vida passa-lhe diante os olhos, uma lágrima escapa dos olhos já inundados, os seus maiores medos dissolvem-se, deixando um único medo: o de perder a vida. O oponente começa a observar já um pouco ansioso, e grita para incentivar o outro a premir o gatilho.
Chegou a derradeira hora, a hora de um simples gesto, a hora de premir o gatilho, ele preme com força como se de um instinto se tratasse…
E nada acontece, abre os olhos e deixa agora as lágrimas escorrerem-lhe pela cara, deixa o jogo traumatizante devorar mais uma parte de si. Coloca a arma na mesa de madeira e respira como se do ultimo suspiro se tratasse…
Passou o monstro ao oponente que agora olhava para a arma aterrorizado.
Foi a vez dele de se auto-atormentar por uma questão de honra parva, ou de uma simples aposta…
Ouve-se uma vez mais o clic, mas nada acontece…
Ele devolve o revólver ao outro rapidamente, como que com pressa de o ver a perder o jogo.
Sim… Isto apenas se trata de um jogo, estúpido e irracional, um jogo já desactualizado na época que vivemos, este jogo foi criado principalmente como um jogo de honra, coisa que é raro nos dias de hoje… Então porquê pô-la em jogo, num jogo mortal?
Para isso se inventou o Poker, para se puder derrotar e destruir vidas, mas nunca para acabar com elas…
Ele pega na arma, encosta outra vez à cabeça, e olha uma última vez para o seu oponente, dirige-lhe um olhar de subordinação e de mágoa, olha para baixo e de seguida fecha os olhos, pensa em tudo o que sentiu na vida, todas as emoções fortes que um ser humano tem capacidade de sentir.
Suspirou e premiu o gatilho…
Um som grave e decisivo faz-se ecoar pela sala, embatendo nas humildes paredes aterrorizadas, este massacrante som irrompe pelos tímpanos do oponente ao mesmo tempo que ele lança um ligeiro grito, levanta-se e sai da sala enquanto o sangue se alastra na amedrontada mesa de madeira.

7 de março de 2010

And The Oscar Goes To...



Hoje é a noite onde na Cidade dos Anjos, eles dão lugar às estrelas.
Onde se estende uma imensa carpete vermelha, onde pisará essas mesmas estrelas que transbordarão glamour e beleza, como um verdadeiro atentado ao nosso banal quotidiano, longe de todo aquele stressante corrupio ao qual eles chamam vida.
Onde os sonhos se tornam realidade! Além disso, até recebes uns pequenos homens talhados a ouro como prémio da tua “diversão paga” que foi representar aquela tal personagem que sempre sonhaste desde criança!
É onde a 7ªArte se ergue com o imponente papel principal de toda aquela festa, sendo disputada por todos aqueles que querem fazer parte da sua já vasta história.
É onde o Diabo se Veste de Prada, onde o Titanic emerge de novo, onde A Paixão rima com Shakespeare, onde um tal de Senhor Dos Anéis passou por um tal de musical em Chicago, onde um pobre rapaz Quer Ser Milionário, onde um amor se pronuncia de Moulin Rouge, onde este mundo se pode mesmo transformar num mundo das maravilhas!
E o que toda a gente não dava para fazer parte dele! Sim porque todos nós, na inocência da idade já tivemos o sonho de Hollywood, a fábrica de estrelas.
É a noite mais brilhante e ofuscante de todas , de um brilho invisível que quase cega qualquer um, conseguindo assim abstrair as pessoas dos assuntos fulcrais da sociedade.
É a noite de Hollywood, a mais famosa de todas as noites!

Grandes Vencedores:

Melhor Filme:

  • Estado de Guerra (The Hurt Locker)

Melhor Realizador:

  • Kathryn Bigelow (The Hurt Locker)

Melhor Actor:

  • Jeff Bridges (Crazy Heart)

Melhor Actriz:

  • Sandra Bullock (The Blind Side)

Melhor Actor Secundário:

  • Christoph Waltz (Inglorious Bastards)

Melhor Actriz Secundária:

  • Mo'nique (Precious)

Melhor Filme Animado:

  • Up

Melhores Efeitos Especiais:

  • Avatar

Que grande fiasco que isto foi para o Avatar xD

6 de março de 2010

7ª Arte

Um blog serve para muitas coisas.
Por isso vou começar também a postar neste blog algumas opiniões sobre a 7ª arte, a que me mais encanta: O cinema.






ALICE IN WONDERLAND.





Fui ver este filme ontem, tive que alugar os bilhetes por internet pois estava com medo que esgotasse rapidamente, pois é um dos filmes mais esperados de 2010.
Ansiava por este filme desde o lançamento do seu primeiro trailer, que já foi há um tempo.
Este filme conta a história de Alice que, agora com 19 anos, cai outra vez num buraco bastante profundo que a catapulta para uma grande aventura de loucas e bizarras criaturas. Tim Burton teve o dom de transformar um conto de crianças em algo mais! Todo aquele mundo era a visão de Tim Burton do mundo das maravilhas. Muito mais psicadélico e ao mesmo tempo assustador que o outro que estávamos habituados.
Gostei do filme, via-o outra vez se fosse preciso, mas no fim do filme não me senti totalmente satisfeito. Foi como se alguma parte da história fosse esquecida.
Foram demasiados meses de espera para depois não ser assim um filme tão espectacular como as expectativas assim o diziam.
Mesmo assim aconselho-vos a ir ver, é sem dúvida um grande filme, do grande Tim Burton e que conta com a participação de Johnny Depp, Anne Hathaway, Helena Bonham Carter, entre outros.




Trailer:







"We're all mad here".

1 de março de 2010

Barcelona




Seria de tirana injustiça se não fizesse referência à melhor viagem de toda a minha vida aqui neste blog, agora que tenho oportunidade para isso…
Mês de Abril de 2009, tínhamos partido de autocarro da estação perto da escola, o meu estômago contorcia-se de ansiedade e especulação, mas antes de conseguirmos lá chegar, ainda tínhamos uma península Ibérica pela frente!
Raras foram as paragens nas estações de serviço, fazendo assim um rigoroso teste as nossas bexigas. Passávamos por Madrid lá pelas 5 horas da manhã (hora espanhola).
Finalmente chegámos! Tínhamos acabado de chegar a uma das mais fantásticas e cosmopolitas cidades do mundo: Barcelona. Transpirava beleza por todos os cantos e recantos, era simplesmente delicioso ver todo o seu movimento ao mesmo tempo que era um crime não olhar para fora dos vidros do autocarro com a boca ligeiramente aberta em sinal de espanto.
Adorei a viagem, desde o começo ao seu fim, fomos a museus, restaurantes, cafés, lojas, parques de diversões, a praias, foi simplesmente perfeito!
Recordo-me de tudo, das mais insignificantes conversas e controvérsias até ás mais belas visões que me foram proporcionadas pela cidade.
Ri em todo o lado, invejei, escondi, impressionei-me, ansiei, bocejei, fiquei eufórico, olhei, apreciei, admirei, gritei, enjoei, molhei-me, vivi todos os escassos momentos e adorei!
Sem dúvida que esta viagem não tinha sido a mesma sem vocês: Márcia, Bia, Kiko, Vanessa, Sofia, Maria. Obrigado!

Tempo



Antes demais, queria dedicar este á Carolina, porque ela gostou muito x)


“Time is the school in which we learn, time is the fire in which we burn”.
Delmore Schwartz

Desde os primórdios da nossa existência enquanto ser racional que temos uma doentia obsessão pelo tempo…
O tempo que tanto desejamos, que tanto invejamos, mas o que sempre fica, e nós vamos.
Dividimos escrupulosamente o tempo, atribuindo-lhe números e significados diversos. Tentamos compreende-lo, em vau. Vivemos á sua sombra, completamente controlados por todo o imponente e insignificante tic tac do relógio já desgastado (ironia) pelo tempo.
Estudamos o passado, aprendemos datas, tentamos compreender o que o tempo pôde orgulhar-se de presenciar à centenas de anos, fazemos perspectivas do futuro abrindo o passado, recordando e desejando ser mais forte que o tempo, para voltar aos “bons velhos tempos”.
O ser humano sempre teve a necessidade de olhar para trás para saber que passo dará a seguir, obsessivamente planeado endrominado pelo tempo.
Como seres estúpidos que somos, não nos chega viver dependentes do futuro, não! Temos necessidade de profetizar horrores para gerações futuras, para lhes tentar aterrorizar a vida, provavelmente um acto de puro egoísmo, sim, desejar mal a futuros seres da nossa espécie, não é propriamente a maneira mais amigável de lhes desejar boas-vindas.
Necessitamos de profetizar acontecimentos apocalípticos como forma de auto-miseração, como se nós, apenas criaturas mortais tivéssemos acesso a divina omnisciência…
O tempo é impossível de se caracterizar, faz parte do contínuo espácio-temporal do universo – cientificamente. Mas para nós, humildes seres esmagados pela imensidão universal, é mais que isso, é uma fuga, é um escape, é a algo que nos podemos agarrar para tentar viver a vida ao máximo sem que o terror de sobreviver neste misterioso universo se apodere de nós, ou será simplesmente números?
Números a passar, aumentado cada vez mais a sua extensão numérica. O que é o tempo afinal?
Será ele bom ou mau para nós, humanos?